sexta-feira, 14 de novembro de 2014

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

INTRODUÇÃO ÀS METAS PARA A PRÓXIMA DÉCADA


O Plano Nacional de Educação sancionado em junho pela Presidência da República foi palco de duras críticas e gerou várias discussões no congresso e entre meios da sociedade. As principais polêmicas se deram no plano da Inclusão (no qual fizemos um programa especial sobre isso – em uma entrevista com a Neuropsicopedagoga Giselle Fevereiro - clique aqui para assistir) e no plano do financiamento da educação que previa a discussão entre investir 5, 7 ou 10% do PIB (Produto Interno Bruno) na educação.


Vale lembrar que a ideia de estabelecer um plano democrático de educação remonta aos anos de 1932 através do documento MANIFESTO DOS PIONEIROS DA EDUCAÇÃO NOVA, assinado por Fernando de Azevedo, Afranio Sampaio Doria, Anísio Teixeira, Lourenço Filho, Roquette Pinto e mais 21 intelectuais da época. O documento original pode ser lido e conferido clicando aqui.

Plano Nacional de Educação

De lá para cá muita água rolou debaixo da ponte da educação, mas o primeiro PNE (2001-2010) aprovado então pela lei 1072, sancionada no governo Fernando Henrique Cardoso, e que  estabeleceu um período decenal para planejar a educação, foi um desastre, pois além das inúmeras metas também não havia nenhuma punição prevista no caso do não cumprimento (e mesmo nessa atual, ainda não há). Outra questão importante foi a revogação do aumento da participação em 3 % do PIB, devido às dificuldades financeiras apresentadas pelo país na época. Vale a pena lembrar que a lei referida aqui só foi aprovada devido às pressões dos educadores, pais de alunos e vários segmentos da sociedade envolvidos com a educação. Entre 2001 e 2010, mais precisamente em 2007, temos o surgimento do PDE no governo Lula, cujo ministro da Educação era Fernando Haddad e que apresentava 30 propostas para a melhoria da qualidade da educação. Demerval Saviani fez um confronto entre o PDE e o PNE com muita clareza de objetivos e que poderá ser visto com mais profundidade clicando aqui.

Neste atual plano que vigorará entre 2014 e 2024 apresentam-se os seguintes temas; A Educação básica é tratada nas metas 1 Ensino Infantil, 2 Ensino Fundamental e 3 Ensino Médio. A Educação Inclusiva é retratada na meta 4. A meta 5 (Alfabetização) retoma as discussões sobre as metas 1 e 2. A meta 6 (Educação Integral) propõe a escola de tempo integral e aumentar progressivamente o tempo de permanência das crianças e adolescentes nas escolas. Em seguida a meta 7 (Aprendizado Adequado na Idade Certa) também retoma a importância da qualidade da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental (Metas 1 e 2).

A meta 8 – Escolaridade média, prevê o aumento de tempo de escolarização de toda população brasileira, entre 18 e 29 anos. A meta 9 trata da EJA (Educação de Jovens e Adultos), um calcanhar de Aquiles que precisa ser superado, em se tratando de um país em desenvolvimento, assim como a meta 11 que prevê a EJA integrada à Educação Profissional.

As metas 12, 13, 14, 15 e 16 tratam da Educação Superior, Titulação de Professores do Ensino Superior, Pós-Graduação, Formação de Professores e Formação continuada e pós-graduação de professores (também um ponto delicado da educação brasileira).

As metas 17 e 18 falam exclusivamente da Valorização do professor e do Plano de carreira docente, um ponto que já gerou e gera muita polêmica e controvérsia, principalmente considerando as opiniões de alguns setores conservadores da sociedade, tais como as declarações do economista Gustavo Ioshpe (clique aqui para ler um artigo sobre essa polêmica e aqui para ver o vídeo que gravamos a esse respeito).

A meta 19 que trata da Gestão democrática toca em um assunto ainda muito recente no Brasil. Pais marcado por uma administração centralizadora e burocrática.

Por fim, a meta 20 traz a luz sobre o Financiamento da Educação, propondo a ampliação do investimento público em educação. Questão essa que também já foi alvo de crítica pelo referido economista e debatida por nós (leia o texto clicando aqui e assista ao nosso vídeo sobre esse assunto clicando aqui).

Convidamos toda população para participar deste debate. Acompanhe as metas do PNE, cobre de quem deve ser cobrado e exerça seu papel de cidadão. Aos professores, cabe dizer que é de fundamental importância se apropriar deste debate, conhecer as leis, as metas e as orientações pedagógicas.

Esperamos que o nosso programa contribua com a ampliação sobre esse debate e contribua, principalmente, com a democratização das informações.

Também gostaríamos de lembrar que o site www.observatoriodopne.org.br apresenta as 20 metas e está recheado de gráficos, análises e artigos sobre este tema. Convidamos todos a acessar o site.
Assista os nossos vídeos, compartilhe nossas ideias e deixe sua opinião, isso é muito importante e motivador para nós.

ASSISTA O PRIMEIRO VÍDEO DA SÉRIE ABAIXO.

Neste programa vamos apresentar as 20 metas do PNE. No youtube consta nossa playlist com todas as estratégias distribuídas em 20 programas.



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