domingo, 26 de outubro de 2014

ELEIÇÃO DE DIRETORES PARA AS ESCOLAS PÚBLICAS

ELEIÇÃO DE DIRETORES PARA AS ESCOLAS PÚBLICAS

Garantia de democracia ou partidarismo pedagógico?



As experiências para eleição de diretores de escola, no Brasil, devem ser divulgadas, estudadas e debatidas. 

A eleição para diretor ainda não é uma realidade em todo pais. Desde a promulgação da Lei 9.394/1996 que trouxe a indicação da gestão democrática nas escolas, algumas experiências vem sendo discutidas sobre esse processo.

Nesse debate surgem algumas questões: 
Diretor que passa em concurso público e assume um cargo vitalício pode ser considerado democrático
Como esse processo aconteceria nas grandes metrópoles? 
Será que teríamos blocos políticos-partidários nas eleições para diretores
Como se dá a campanha para esses diretores? 
Será que a sociedade está preparada para eleger diretores? Com qual critério? ser bonzinho ou realmente administrar uma escola?
E se o grupo de professores e o diretor não concordar com as políticas públicas ou orientações do sistema público, terá autonomia para confronta-lo?

Diante dessa discussão, alguns municípios estão realizando suas experiências, é o que acontece em Rondonópolis-MT que realizará as eleições agora no mês de novembro para a gestão 2015-2016. A rede conta com 61 unidades de ensino.

Leia a noticia no site: http://www.atribunamt.com.br/2014/10/lancado-processo-para-eleicao-de-diretores/

Qual é a sua opinião sobre esse tema?

sábado, 25 de outubro de 2014

O PAPEL DO ENSINO DE SOCIOLOGIA PARA CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADES

O PAPEL DO ENSINO DE SOCIOLOGIA PARA CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADES

Andando na contramão das orientações do Governo Federal e das metas do Plano Nacional de Educação, que prevê a junção das disciplinas do ensino médio, esta pesquisa pode contribuir muito com o debate sobre a importância das disciplinas para formação do cidadão


Seria muito bom se os nossos representantes no Congresso Nacional lessem isso.


Artigo de Bruna Rafaela Bobato Serejo
RESUMO:

Este artigo está relacionado a uma pesquisa (Projeto de Mestrado em Educação, que foi desenvolvido na UFGD entre 2012 e 2014, na Linha de Pesquisa Educação, Inclusão e Diversidade, com apoio da Capes) que teve como tema central a discussão sobre a contribuição do ensino de Sociologia para a construção de identidades regionais, sobretudo, como disciplina inserida no currículo para escolas de educação básica. Assim, neste recorte, inicialmente, é realizada uma reflexão sobre identidade, estabelecendo discussões sobre seu conceito e construção. Para isso, referenciamos autores como Anthony Giddens e Pierre Bourdieu, abordando temas como a categorização e a identidade social. Na sequência, é proposta uma análise da contribuição do ensino de sociologia para a construção de identidades. Assim, são apresentados os objetivos que constam nos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCN’s), realizando uma reflexão sobre as competências e habilidades do ensino de Sociologia na educação básica. Tendo em vista que, a sociologia foi inserida na educação básica para ajudar o aluno a desenvolver o olhar crítico sobre a sua realidade e também sobre a sociedade.

PALAVRAS-CHAVE: Identidade; Ensino de Sociologia; Educação Básica.

Para ler o artigo completo, clique aqui.

sábado, 11 de outubro de 2014

VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS

VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS


Violência na escola
A charge pode ser engraçada, mas a realidade não é!

Considerando que “violência” é um conceito amplo e apresenta diversas definições, vamos nos ater a “tudo aquilo que causa desconforto à outra pessoa”, ou mais especificamente: “usar agressividade de forma intencional e excessiva para ameaçar ou cometer algum ato que resulte em acidente, morte ou trauma psicológico”.

A palavra violência é muito ampla e por isso não possui uma única definição, daí a preferência por cita-la como causa de desconforto a outrem. Aquilo que é feito propositadamente para causar desconforto no outro, é uma forma de violência. Entendemos que isso pode acontecer em vários níveis de atuação, desde a mais simples (como desconforto psicológico), até a morte de outra pessoa, que consideraríamos o nível mais grave, pois aborta toda e qualquer possibilidade de crescimento da outra pessoa interrompendo o seu progresso ao extinguir a vida.


Passada essa breve e generalizada introdução, vamos nos ater a algumas questões da violência escolar.

A violência escolar se dá em diferentes níveis, tais como: Do corpo docente contra o corpo discente; Do corpo discente contra o corpo docente; Do corpo discente contra o corpo discente; Do corpo docente contra o corpo docente; Do Sistema Educacional Oficial contra o Aluno e do Sistema Educacional Oficial contra o professor. Quanto à localização pode ser intraescolar ou extraescolar.

A degradação do repeito do ser humano pelo próprio ser humano é notória quando vemos os acontecimentos cotidianos. Já esboçamos algumas ideias quando escrevemos “Para onde caminha a Humanidade”(Gazeta Valeparaibana, out/2013) e “Para onde caminha a Humanidade II” (Gazeta Valeparaianba, Nov/2013). Tanto professores, quanto funcionários, equipe gestora e alunos são profundamente influenciados pelo meio, ou seja, frutos da sociedade em que vivemos.

Não é preciso uma profunda reflexão para chegar à conclusão de que a sociedade atual está doente, sem rumo. E por quê? Em que momento nos perdemos e deixamos de acompanhar o progresso ético para investirmos numa louca corrida atrás de frutos utópicos da ganância na vã esperança de resolvermos nossos problemas? Difícil, pois não existe apenas uma resposta, na verdade é uma somatória de erros ao longo da construção da nossa história social.

Isto posto, vamos analisar o que ocorre e por que ocorre a violência dentro dos muros da escola. Partamos do princípio que professores também são concebidos e criados dentro desse forno chamado sociedade, portanto possui os mesmos defeitos e qualidades que os alunos. Eles não são diferentes daqueles que estão nas carteiras. O professor possui os mesmos anseios, os mesmo desejos. Se existe alguma diferença, se é que existe, ela se daria no campo da escolarização e na sua idade, considerando que o professor chegou a um estágio de conhecimento maior naquele momento.

Cabe ainda separar o aluno indisciplinado do aluno realmente infrator, ou seja, aquele que provoca um dano físico ou material. Não podemos colocá-los dentro do mesmo cesto, pois seus problemas têm origens diferentes, assim como nos professores. Nesse âmbito, só podemos concluir que a questão da violência está atrelada aos valores de sociedade dentro do nosso contexto histórico.

A violência da escola (e do Sistema Educacional Oficial) contra o aluno se dá a partir do momento em que toda e qualquer ação dialética perde seu sentido em função do destempero racional. Mas, de qualquer forma esses agentes nunca (ou quase nunca) se dariam no nível da coerção física. Neste caso, a essência é mais importante do que a forma, pois se busca através do cumprimento de regras disciplinares, que o aluno restabeleça o equilíbrio entre o que pode e deve e entre o que deve e pode e claro, entre o que não deve e também não pode. Esse tipo de confusão é muito comum na pré-adolescência e na adolescência, pois tudo colabora para o rompimento do que era na infância e o que é agora, um mundo novo cheio de sentimentos novos e novas descobertas.

Tudo isso levará, sem dúvida, o jovem a desafiar os velhos parâmetros, e que ele supõe ultrapassados e sem coesão. Isto torna, sem dúvida, um provável acontecimento banal num evento de proporções assustadoras, pois em ambas as partes estamos sujeitos a ventos e trovoadas, visto que, como dissemos anteriormente, somos frutos da sociedade me que vivemos. Cabe ao ente mais experiente a condução do processo elucidativo do aluno, ou seja, neste caso, ao professor, quer ele esteja na sala de aula ou investido no cargo de coordenador ou diretor.

No que se refere às questões extraescolares e violência, cabe ao poder público elaborar e cumprir suas políticas públicas de paz social, através do emprego, geração de renda, melhoria da qualidade do ensino oficial e aparelhamento da Assistência Social.

Por fim, no que tange à educação familiar, essa deve ser frequentemente pensada e difundida nos diferentes segmentos sociais, uma vez que a terceirização da educação aos professores só se fez confundir os devidos papéis e piorar a qualidade da escolarização. Os valores morais e éticos devem partir prioritariamente da família e da sociedade, para que o professor possa executar sua função.

Em uma sociedade de “direitos e privilégios”, precisamos discutir incansavelmente a função de cada um. Os papéis devem ser bem definidos. Não cabe ao policial educar o jovem infrator, assim como não cabe ao pai ensinar Geografia, ou ao professor ensinar “bom dia” ou “obrigado”. As questões da violência passam também pela educação e, se a educação não é bem discutida e bem definida, a violência só tende a se agravar.

Acreditamos que essa questão deva ser muito melhor debatida, esperamos em outras oportunidades desenvolver mais ideias.

Omar de Camargo
Técnico Químico
Professor em Química
omacam@gmail.com

Ivan Claudio Guedes
Geógrafo e Pedagogo
Consultor e assessor pedagógico
ivanclaudioguedes@gmail.com

Para referenciar este artigo:

CAMARGO, O.; GUEDES, I.C. Violência nas escolas. Gazeta Valeparaibana[online], São José dos Campos, 01 set. 2014. Espaço Educação. Disponível em: http://www.gazetavaleparaibana.com/083.pdf Acesso em 03 out. 2014.


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