EDUCAR NÃO É SÓ TRANSMITIR CONHECIMENTO, diz economista
Em entrevista à Folha de São Paulo, o economista Flavio Comim discute os resultados do IDEB
A Folha de São Paulo se ateve a apenas duas perguntas: as duas versavam sobre a questão dos recursos financeiros aplicados na educação. A princípio o economista diz que os resultados baixos já eram esperados, uma vez que os professores são mal pagos, a infraestrutura não é adequada, a quantidade de horas em aula é insuficiente e há um alto grau de disfuncionalidade na escola.
Gostaria de ater a questão da quantidade de hora aula. Primeiro que quantidade não é qualidade. De nada adianta manter o aluno por 5, 7 ou 8 horas de aula por dia se a aula é improdutiva e a turma não está muito afim de aprender. Na realidade, não adianta ter 200 ou 220 dias letivos se são improdutivos. Precisamos, sim de uma quantidade de aula produtiva, onde o professor da a aula, o aluno assiste a aula e em seguida o aluno estuda. Precisamos urgentemente criar o hábito do estudo, precisamos ensinar nossos professores e alunos "COMO APRENDER A ESTUDAR".
De nada adianta aumentar os recursos para a educação, inserir lousa digital, sala de informática, laboratórios e bibliotecas se o uso não é produtivo, se não há o hábito do estudo.
Ao discutir sobre o aumento dos recursos na educação, o economista defende que deve ser investido o dobro do que se investe hoje (algo acima de 10% do PIP), novamente, na nossa opinião, a quantidade de dinheiro não fará milagre com a educação no Brasil, uma vez que esse dinheiro não vem para o professor, e sim para os projetos que "salvariam a educação no Brasil", são tablets, computadores, impressoras, ou seja, tudo aquilo que vai favorecer uma empresa, e não a educação em si, pagar melhor o professor faz com que esse deixe de ministrar aulas nos três períodos e abre oportunidade para que esse estude, faça novos cursos, conheça outras ideias e outros instrumentos de ensino.
A entrevista você pode acompanhar clicando aqui.
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Um forte abraço.
Ivan C. Guedes
Programa E Agora José?
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